Por:Rosario Amaral
A arte de Ricardo Rezende Figueira construída dentro do universo de subjetividades vividas ao longo da sua história acadêmica, profissional e missionária será apresentada ao público, a partir de hoje, quarta-feira, 16 de junho, das 17 às 20 horas, durante a vernissage no Symposium Vinhos, Rua Ipiranga, 65 Laranjeiras.
A vida do homem do campo, as contradições sociais deste Brasil agrário, a sua religiosidade interior, além de outros temas diversos, que não escaparam do olhar e sensibilidade do antropólogo Figueira, serão vistas durante o período de 16 de junho a 06 de setembro.
O coordenador de pesquisa do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas em Direitos Humanos- NEPP-DH UFRJ, ao produzir a sua arte, explora uma diversidade de abordagens e de técnicas como aquarela, guache e nanquim, e até a caneta esferográfica. Desta vez utiliza a tinta acrílica, para exprimir o que faz, através das suas pesquisas: mensura, contabiliza e denuncia a existência da violação dos direitos humanos, através do trabalho escravo Contemporâneo; a violência no campo; as condições desumanas de vidas sofridas pelo homem da terra, além de expressar a sua religiosidade através de desenhos.
Ricardo tem registrado mais de mil desenhos em papel realizados no decorrer de reuniões com camponeses de agentes sociais, a partir de 1977, quando se mudou para Conceição do Araguaia, Pará, atuando como agente pastoral. Até 2008 realizou trabalhos utilizando bico de pena ou caneta esferográfica e guache. Fez também trabalhos em aquarela.
Sem fazer dicotomia, a arte e a vida profissional estão presentes na vida de Ricardo Rezende desde há muito tempo, quando saiu de Minas, em suas buscas existenciais e humanitárias conforme conta sobre experiência vivida na ilha de Solentiname na Nicarágua. "Enquanto estava ali, desenhava a ilha e sua gente". "Ernesto (Ernesto Cardenal, futuro Ministro da Cultura do governo sandinista) me sugeriu que procurasse seu primo, o poeta Pablo Cuadras, redator chefe do caderno de cultura do jornal La Prensa. Ele certamente compraria alguns de meus desenhos. Foi a primeira vez que vendi bicos de pena".
Para saber mais sobre a obra do Ricardo visite:
http://www.ricardorezende.org/camponeses/conflitos_pela_terra/pinturas.html
http://www.ricardorezende.org/camponeses/escravidao_por_divida/pinturas.html
http://www.ricardorezende.org/camponeses/natureza/pinturas.html
http://www.ricardorezende.org/camponeses/diversos/pinturas.html
http://www.ricardorezende.org/religioso/diversos/pinturas.html
http://www.ricardorezende.org/retrato/pinturas.html
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