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Araguaya: A conspiração do Silêncio



Por:Rosario Amaral



O Cinema desde o seu surgimento no início do século XX até os dias atuais tem servido de forma especial, quer através de documentário ou de ficção, como um instrumento de comunicação das mais diversas formas de relações sociais. Como toda arte tem contribuído para a produção do conhecimento deixando, através dela, as marcas de um tempo vivido pela história da humanidade nas diversas maneiras de expressão.


É o que vemos no filme Araguaya Conspiração do Silêncio (2004), filme que será exibido como parte da programação do Curso de Extensão "Direitos Humanos em Tela", dia 23/06, às 14h, no Auditório Anexo do CFCH, Campus da Praia Vermelha. Em seguida, haverá um debate com Carlos Henrique Tibiriçá Miranda - FGV e um representante do CEJIL/Brasil.


Dirigido por Ronaldo Duque, o filme aborda um das mais importantes fatos da história recente do Brasil - A Guerrilha do Araguaia (1970-1973)- conflito armado, em oposição à ditadura militar (1964-1985), que levou este nome por ter sido travada próximo ao Rio Araguaia, na divisa entre os atuais estados do Pará e Maranhão. A guerrilha foi organizada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B) e tinha o objetivo de obter apoio da população local para, a partir do campo, enfrentar a ditadura. Dos 70 militantes do PC do B que moravam na região, trabalhando como agricultores, farmacêuticos, professores e comerciantes, 59 militantes foram mortos durante o conflito junto com mais 17 recrutados na região.


O filme "Araguaya a Conspiração do Silêncio" ganha importância maior quando se escuta a fala e a indignação de Victória Grabois, que teve três entes da sua família mortos durante o conflito, (o pai Maurício Grabois, o irmão André Grabois e o marido Gilberto Olímpia Maria). Afirma: "Passados mais de 35 anos desde que os fatos ocorreram, todos os responsáveis permanecem impunes".


"Assim mesmo, a cultura de segredo do Estado aliada à ausência de legislação adequada à garantia do pleno exercício do direito de acesso à informação impedem o esclarecimento dos fatos e o conhecimento da verdade pela sociedade e familiares das vítimas".



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