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Bolívia abre arquivos das Forças Armadas do período de ditadura militar

Por Rosário Amaral

O governo boliviano dá demonstração de vontade política de aprofundar as investigações sobre as vítimas das ditaduras que ocorreram naquele país desde as décadas de 60 até os anos 80, com a abertura dos arquivos das Forças Armadas para o Ministério Público, em 17 de fevereiro último. Além do reconhecimento dos restos mortais de líderes socialistas, aproximadamente 156 desaparecidos políticos poderão ser identificados.
De acordo com as informações do promotor Milton Medonza, a investigação sobre o paradeiro de restos dos socialistas poderá ser facilitada com a entrada de representantes de Direitos Humanos e familiares das vítimas da repressão dos militares, junto com o defensor do povo no Grande Quartel Geral de Miraflores. Os restos de Marcelo Quiroga Santa Cruz, Carlos Flores Bedregal e Renato Ticona, entre outros líderes de esquerda assassinados durante o governo de Luis García Meza, entre 1980 e 1981 poderão ser identificados. Mendonza disse que pretende obter informações sobre os locais onde estariam os restos mortais de aproximadamente 156 desaparecidos políticos.

Enquanto que o ministro de Defesa, Rubén Saavedra anuncia que Mendonza terá todas as garantias ao livre acesso aos arquivos militares para o seu registro e posterior análise. "O governo tem toda a vontade democrática de transparentar a informação e um desses atos é permitir o acesso à informação das Forças Armadas, já que se cumpriram com os procedimentos regulamentares", afirmou.

Fonte:Prensa Latina

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