O governo da Argentina tornou acessível toda a documentação existente sobre as ações das forças armadas durante a última ditadura (1976-83), com exceção dos fatos registrados durante a Guerra das Malvinas de 1982, por meio de um decreto presidencial publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial.
"Manter classificações de segurança de caráter não público, em relação a informações e documentação relativas às ações das forças armadas durante a vigência do terrorismo de Estado, vai contra a política de memória, verdade e justiça que o Estado vem adotando desde 2003", indicou o decreto assinado pela presidente, Cristina Kirchner.
A norma deixa sem efeito a classificação de segurança
sobre informação e documentação vinculadas à
ditadura. No entanto, "ficará excluído (o material) referente
ao conflito bélico do Atlântico Sul e a outros conflitos de caráter
interestatal".
Essa medida agilizará "a grande quantidade de requerimentos judiciais
de informação" criados a partir da reabertura de centenas
de causas por violações dos direitos humanos após a anulação,
em 2003, das leis de anistia, explicou o decreto.
O material em questão - que era acessível apenas ao Arquivo Nacional da Memória, que administra a documentação do Ministério da Defesa - não podia ser publicado sem um decreto específico em cada caso, indicou a secretaria de Direitos Humanos em um comunicado.
Fonte: Último Segundo - IG
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